Desde a promulgação da Emenda Constitucional nº 103 em novembro de 2019, conhecida como Reforma da Previdência, o sistema previdenciário brasileiro passou por mudanças significativas. Essas alterações impactam diretamente os critérios para aposentadoria pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) , estabelecendo novas idades mínimas, tempos de contribuição e regras de transição para os segurados.
A Reforma da Previdência implementou as seguintes diretrizes para a aposentadoria no Regime Geral de Previdência Social (RGPS):
Para homens que já estavam filiados ao RGPS antes da entrada em vigor da reforma, o tempo mínimo de contribuição permanece em 15 anos.
A cada ano trabalhado além desse mínimo, o valor do benefício aumentará em 2%, incentivando aqueles que desejam continuar no mercado de trabalho.
Outra mudança importante é a forma de cálculo da aposentadoria, uma vez que, agora, o valor será baseado na média de todas as contribuições feitas desde 1994, ano de implantação do Plano Real. Além disso, o fator previdenciário foi eliminado, evitando a redução do benefício para quem se aposenta mais cedo.
Para assegurar uma adaptação gradual às novas exigências, foram estabelecidas cinco regras de transição destinadas aos trabalhadores que já estavam no mercado de trabalho antes da reforma:
Essas regras de transição estarão em vigor até 2031, quando as novas idades mínimas permanentes serão plenamente aplicadas.
As regras de pedágio de 50% e 100% foram estabelecidas para trabalhadores próximos de se aposentar na época da reforma. No entanto, apenas aqueles que já haviam completado 28 anos e 1 dia de tempo de contribuição em novembro de 2019 estão isentos das mudanças na idade mínima nessas regras. Para esses segurados, as idades mínimas permanecem inalteradas:
Para os demais trabalhadores, as idades mínimas serão ajustadas conforme as regras de transição estabelecidas.
Os segurados podem verificar o tempo restante para a aposentadoria e as exigências específicas por meio do portal ou aplicativo "Meu INSS". A ferramenta "Simular Aposentadoria" permite avaliar as diferentes regras de idade e tempo de contribuição aplicáveis.
Passo a passo para utilizar a ferramenta:
É importante notar que a simulação não garante o direito à aposentadoria, pois podem haver informações faltantes ou desatualizadas. Recomenda-se verificar o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) para assegurar que todos os períodos de trabalho e contribuições estejam corretamente registrados.
Manter o CNIS atualizado é fundamental para evitar problemas na concessão de benefícios. O CNIS registra todas as entradas e saídas de empregos, contribuições, licenças e afastamentos, compondo o histórico laboral do segurado. Discrepâncias ou informações faltantes podem afetar o cálculo e a concessão da aposentadoria.
Para consultar quanto tempo falta para a aposentadoria e quais regras se aplicam ao seu caso, o trabalhador pode acessar o Meu INSS, disponível via site ou aplicativo. O passo a passo é simples, basta:
Vale lembrar que a simulação no Meu INSS não garante a aposentadoria, pois o INSS pode exigir documentos adicionais para comprovar períodos de trabalho e contribuição. Por isso, é essencial verificar se as informações do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) estão corretas.
A nova regra busca modernizar o sistema previdenciário e torná-lo mais justo, incentivando quem deseja trabalhar mais tempo e garantir um benefício maior.
Com informações do Portal Folha de Pernambuco